O Fórum de Brumado sediou, nesta semana, um dos julgamentos mais marcantes dos últimos anos. Marta Dias de Barros foi condenada a 24 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato do marido, Regimalco dos Santos Mirante, crime ocorrido há oito anos na zona rural de Aracatu. A sessão encerrou um caso que mobilizou familiares e moradores desde 2017.

Regimalco, então com 37 anos, foi encontrado na região de Umburanas, em Brumado, com sinais de queimaduras, apedrejamento e com os braços amarrados. As investigações apontaram Marta como mandante do homicídio, que teria sido executado por um suposto amante. O acusado de realizar o crime morreu por envenenamento anos atrás, fato tratado à época como possível suicídio, o que dificultou o avanço das apurações.

Marta chegou a ser presa em 2017, mas foi liberada posteriormente por falta de provas conclusivas. O processo seguiu em andamento por quase uma década até resultar na condenação determinada pelo Júri Popular.

Durante a sessão, um episódio inesperado elevou ainda mais a tensão. Um homem de 59 anos, morador da Fazenda Várzea do José, em Tanhaçu, foi preso em flagrante por falso testemunho após apresentar declarações contraditórias e comportamento que chamou a atenção do magistrado. Ele foi levado à Delegacia Territorial de Brumado, autuado e recebeu fiança de três salários mínimos.

Com o veredito do Conselho de Sentença, Marta Dias de Barros deverá ser localizada e cumprir a pena em regime fechado. A família de Regimalco recebeu a decisão com emoção e alívio, após anos de espera por uma resposta da Justiça.