Viva Maria: Conferência sobre poluição plástica termina sem acordo

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Viva Maria: Conferência sobre poluição plástica termina sem acordo

A Conferência Global da ONU sobre poluição plástica, realizada em Genebra, na Suíça, foi encerrada na última sexta-feira (15) sem a conclusão de um acordo entre os países participantes. As negociações foram oficialmente adiadas para uma data ainda indefinida.

A ausência de consenso ocorre em meio ao agravamento da crise ambiental provocada pelo excesso de resíduos plásticos nos oceanos e ecossistemas terrestres. A presença cada vez mais expressiva de lobistas da indústria petroquímica nas negociações tem sido apontada como um dos principais obstáculos ao avanço do tratado global sobre plásticos.

A organização não governamental Oceana, que atua no Brasil há mais de 10 anos, reforçou a importância do tema durante o lançamento da 5ª edição da Auditoria da Pesca. O relatório destaca a urgência de medidas de gestão pesqueira no país e aponta que 92% das espécies marinhas precisam de planos de proteção imediatos. Além disso, revela que metade das pescarias brasileiras ainda operam sem qualquer tipo de monitoramento.

A situação se agrava com os impactos da emergência climática sobre a pesca brasileira. Em 2024, o governo federal destinou quase R$ 1 bilhão para o pagamento de auxílio emergencial extraordinário a pescadores artesanais da região Norte, em situação de vulnerabilidade, afetados pela grave estiagem.

Um dos exemplos da realidade enfrentada por essas comunidades é o de Josana Pinto da Costa, pescadora artesanal de Óbidos (PA) e integrante do Movimento de Pescadoras e Pescadores Artesanais do Brasil (MPP). Desde 1993, ela vive na comunidade de Amador, às margens do Rio Amazonas, e atua na defesa dos direitos da categoria em meio a crescentes desafios socioambientais.

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